O Sicoob Ouro Branco (Paranavaí) formalizou na manhã desta sexta-feira (03) a doação de R$ 70 mil para a Santa Casa. “Estamos doando o valor necessário para a aquisição de um respirador. Mas sabemos que neste momento há dificuldades para aquisição deste tipo de equipamento. Então, caso o hospital não consiga comprar o respirador, ele pode usar o dinheiro para outras necessidades, como lhe convier”, disse o presidente da cooperativa, Rafael Benjamin Cargnin Filho. Segundo ele, “o interesse pela comunidade está dentro do princípio cooperativista”. Para Cargnin, o momento exige a colaboração e a participação de todos no enfrentamento ao novo coronavírus, o Covid-19, e “o Sicoob não iria e não vai se omitir”.
A Santa Casa é o principal hospital da região e o único com UTI. “Este hospital atende todo o extremo noroeste, onde estão concentrados 90% dos nossos cooperados”, acrescentou Cargnin, que assinou o documento ao lado dos diretores Edilson Piott (mercado), Francisco Puton (administrativo-financeiro) e Ecio Almir Oliveira (superintendente). Pela Santa Casa, assinaram o termo de doação o presidente Renato Augusto Platz Guimarães e o gerente financeiro Marcelo Salles Cripa.
“Temos recebidos outras doações. São de empresários, pessoas jurídicas e da população. Doações como esta do Sicoob estimulam outras empresas a ajudar o hospital. E toda doação é importante, mesmo aquelas de menor valor, porque o que realmente interessa é o desejo de ajudar e o reconhecimento do trabalho da Santa Casa”, reforça o presidente.
BAIXO ESTOQUE – O gerente Marcelo Cripa antecipa que dificilmente conseguirá comprar o respirador com a doação. “O prazo mínimo de entrega (do respirador) que as indústrias estão pedindo hoje é de 150 dias. E esse é o prazo mínimo, pode ser maior”.
O gerente revelou que uma das maiores dificuldades no momento é comprar não só equipamentos, mas também insumos e, especialmente os EPIs (Equipamento de Proteção Individual) como máscaras, luvas e aventais impermeáveis, por exemplo. “A máscara cirúrgica custava em média 50 centavos, agora está custando quatro reais. É abusivo? Sim, é. Mas se você não quiser, outros querem e compram. Recebi uma proposta para comprar máscaras diretamente da China, a 40 centavos de dólar, cerca de dois reais. Mais barato. Mas a gente não sabe quando vai chegar e seria preciso comprar pelo menos um container e a Santa Casa não tem essa condição”, explicou ele.
Até agora, diz Marcelo Cripa, foram internados apenas três pacientes com síndrome gripal e infecção do aparelho respiratório com possibilidade de infecção pelo novo coronavírus (Covid-19), que posteriormente foram descartados pelos exames. Os casos suspeitos são colocados em isolamento. E sempre que aparece um paciente com alguns dos sintomas da doença, que acabam se revelando como sendo uma gripe mais forte ou uma pneumonia, os profissionais que vão atende-lo usam os equipamentos de segurança, aumentando a utilização destes materiais.
“Nossos estoques são suficientes para, no máximo, 15 dias. Neste momento, graças às doações e o que conseguimos comprar, não está faltando nada. Mas continuamos necessitando da ajuda da população”, reforça o gerente.
OUTRAS DOAÇÕES E CAMPANHAS – Algumas empresas da cidade e centenas de pessoas físicas têm se mobilizado para garantir os recursos financeiros para a Santa Casa enfrentar o coronavírus,. Empresas como a Prat’s e a Podium Alimentos e um grupo da Maçonaria fizeram doações entre 5 e 10 mil reais, através do Boleto Solidário. A Coopcana/Agrocana doou uma grande quantidade de álcool 70%.
O grupo Glevi’s convidou seus clientes para participar de um sorteio de R$ 4 mil, bancado pelas quatro empresas do grupo e juntou mais de R$ 12 mil, superando em poucos dias a meta de R$ 10 mil em 30 dias.
A Pédemais também lançou uma campanha com meta de levantar R$ 70 mil para comprar um respirador. Nesta sexta-feira, o valor arrecadado já estava próximo de R$ 40 mil e continua aberta. Neste caso, o empresário Khalil Soumaille Neto está restituindo o valor doado com mercadorias da sua loja de calçados.
Já o campus de Paranavaí do Instituto Federal do Paraná (IFPR) doou materiais de proteção à saúde para Santa Casa de Paranavaí, dentro da ação #IFPRcontraCovid. “Sabendo das dificuldades que os órgãos de saúde estão encontrando para aquisição de EPIs (Equipamento de Proteção Individual), o Campus Paranavaí realizou o repasse de 12 mil luvas descartáveis para o hospital”, informa o diretor José Barbosa Dias Júnior. Segundo ele, o material era do estoque da instituição para as aulas práticas de laboratórios.
Fonte: Tudo Politica . Ass. Com.
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