O encontro é aberto a todos os interessados. A informação é do diretor do CETEM (Centro Tecnológico da Mandioca), Claodemir Grolli, que coordena o grupo técnico que está organizando a entidade. Além do técnico, há o grupo gestor, que tem atuado junto aos governos estadual e federal, empresas estatais, instituições financeiras e cooperativas de crédito.
A criação da Associação segue o modelo exitoso adotado pelos produtores rurais de Paranapanema (SP), que se organizaram na Cooperativa Holambra 2. A região é a segunda maior do país com lavouras irrigadas e sua produtividade está muito acima da média nacional.
Grolli lembra que a entidade vai dar representatividade ao setor. “A Associação dos Irrigantes tem por objetivo dar representatividade ao segmento para ter força na hora de negociar possibilidades. Além disso, algumas políticas públicas só são concedidas aos produtores organizados em associações ou cooperativas”, diz ele. “O Governo do Estado vê com bons olhos esta iniciativa”, acrescenta.
De acordo com o diretor do CETEM, a Associação também vai permitir economia aos produtores, seja na contratação de profissionais ou nas negociações com fornecedores e facilitar o acesso a algumas linhas de crédito com juros subsidiados.
AUMENTO DA PRODUTIVIDADE – Atendendo solicitação do Sindicato Rural de Paranavaí, que mostrou a viabilidade e a importância da tecnologia para aumento da produtividade agropecuária, o Governo do Paraná lançou, em setembro do ano passado, o Programa Estadual de Irrigação (Irriga Paraná). O lançamento aconteceu em Paranavaí, no Parque de Exposição Costa e Silva, com a presença do governador Ratinho Júnior e o secretário estadual de Agricultura, Norberto Ortigara.
Estudos demonstram que a irrigação – aliada a outras práticas - pode ser a redenção da agropecuária regional. Na pecuária, por exemplo, a capacidade de lotação das pastagens pode subir de 4 cabeças por alqueire para até mais de 20; na mandiocultura, experimentos da Embrapa apontam para uma produtividade 400% superior; e as perdas ocorridas no ano passado na citricultura por conta da longa estiagem poderiam ser evitadas (ou ao menos minimizada) com a irrigação.
Outra vantagem apontada pelos organizadores da Associação de Irrigantes do Noroeste do Paraná é que a região poderá ser, com a adoação de4sta tecnologia, uma forte produtora de grãos, mesmo com o solo arenoso e as chuvas irregulares. “A irrigação nos livraria dos efeitos do veranico, por exemplo”, diz Grolli.
Apesar destas vantagens, o Paraná ainda engatinha quando o assunto é lavoura irrigada. Estudos mostram que apenas 0,7% da agricultura paranaense é irrigada. Na região, a área irrigada é pequena. Existem cerca de 15 mil hectares de várzeas as margens do Rio Ivaí e Rio Paraná, com plantações de arroz, e há pequenos núcleos de lavouras de grãos e de laranja irrigadas. “Precisamos ter uma associação, fazer o diagnóstico das necessidades e ganhar poder e força na hora de reivindicar”, diz Grolli.
Os interessados em participar da reunião para criação da Associação de Irrigantes do Noroeste do Paraná podem confirmar participação com Claodemir ou Jaqueline, pelo fone 3423-4848
Fonte: Ass. Com.
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