O militar Silva Rodrigues é, de fato, vinculado ao Comando da Aeronáutica, com salário de 7 200 reais, e viajou com presidente pelo menos uma vez. Foi em fevereiro, quando Bolsonaro deixou Brasília para fazer exames de saúde em São Paulo.
O militar preso na Espanha com 39 quilos de cocaína transportados no avião da FAB atende no meio militar pela patente de segundo-sargento Silva Rodrigues. Ele tem 38 anos e, segundo fontes do Planalto, atuava no Grupo de Transportes Especiais da FAB como comissário de bordo.
Silva Rodrigues não tinha cargo na Presidência da República e não estava ligado diretamente à equipe presidencial de Bolsonaro, que rumou para o Japão nesta terça-feira. Ele poderia ser requisitado em caso de emergência.
A pedido de Bolsonaro, que está profundamente irritado com o episódio, assessores do Planalto já identificaram a falha na segurança que permitiu o embarque da droga.
O militar Silva Rodrigues não passou pelo aparelho de raio-X, de uso obrigatório, da Base Aérea da FAB.
Silva Rodrigues estava no Embraer 190, avião da Presidência, que não era da comitiva presidencial. De acordo com o vice-presidente e presidente em exercício Hamilton Mourão, ele era comissário de bordo.
"Quando tem essa viagem tem esse pessoal que fica no meio do caminho e quando o presidente voltasse do Japão essa tripulação embarcaria no avião dele", contou Mourão
Ele explicou que o avião não é o presidencial, e sim conhecido como “voo da bomba”.
"Como que funciona? Esse avião decola um pouco antes, ele faz pra ver se tá tudo ok e quando desce ele é lacrado. Só é aberto quando o presidente está pra embarcar e a equipe dele", explicou.
Mourão classificou o suspeito como “mula qualificada”.
"Agora é investigação. Pela quantidade de droga que o cara tava levando, ele não comprou na esquina. Ele tava trabalhando como mula e mula qualificada", disse.
Fonte: TudoPolítica
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